sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Resenha: A menina que roubava livros

Título: A menina que roubava                    livros


Autor: MARKUS ZUSAK
Editora: Intrínseca
Ano: 2007
Número de páginas: 494
Formato: Médio


Com certeza a Segunda Guerra mundial é um grande prato cheio para um tipo de história seja ela real ou não, diferente das histórias de fantasias. Posso dizer que o livro é bem emocionante, acho que o que mais atraiu o leitor para esse livro, é o título, pois o leitor lê um livro que fala sobre livros e isso é muito prazeroso. 
A menina que roubava livros, conta a história de uma menina alemã, Liesel Meninger, na Segunda Guerra mundial. A história inicia-se com a “Morte” descrevendo com certa leveza o modo como levou a alma do jovem Werner, irmão mais novo de Liesel, enquanto os dois estavam no trem, indo em direção ao local onde seriam adotados por uma nova família, pois sua mãe legítima não tinha condições de os criarem. Assim Liesel é adotada por um casal, e daí a história segue contando sua trajetória, das pessoas que conheceu e como passou a adorar livros e depois a roubá-los. Adivinha quem e a adorável narradora, a Dona Morte, sim ela mesmo, é talvez o que há de mais interessante no livro é seu narrador, aqui a morte conta toda a história pelo ponto de Liesel .Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões para que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em A Menina que Roubava Livros. Desde o início da vida de Liesel, na rua Himmel, numa área pobre de Molching, cidade desenxabida próxima a Munique, ela precisou achar formas de se convencer do sentido da sua existência. Horas depois de ver seu irmão morrer no colo da mãe, a menina foi largada para sempre aos cuidados de Hans e Rosa Hubermann, um pintor desempregado e uma dona de casa rabugenta. Ao entrar na nova casa, trazia escondido na mala um livro, O Manual do Coveiro. Num momento de distração, o rapaz que enterrara seu irmão o deixara cair na neve. Foi o primeiro de vários livros que Liesel roubaria ao longo dos quatro anos seguintes. E foram estes livros que nortearam a vida de Liesel naquele tempo, quando a Alemanha era transformada diariamente pela guerra, dando trabalho dobrado à Morte. O gosto de roubá-los deu à menina uma alcunha e uma ocupação; a sede de conhecimento deu-lhe um propósito. E as palavras que Liesel encontrou em suas páginas e destacou delas seriam mais tarde aplicadas ao contexto a sua própria vida, sempre com a assistência de Hans, acordeonista amador e amável, e Max Vanderburg, o judeu do porão, o amigo quase invisível de quem ela prometera jamais falar. Há outros personagens fundamentais na história de Liesel, como Rudy Steiner, seu melhor amigo e o namorado que ela nunca teve, ou a mulher do prefeito, sua melhor amiga que ela demorou a perceber como tal. Mas só quem está ao seu lado sempre e testemunha a dor e a poesia da época em que Liesel Meminger teve sua vida salva diariamente pelas palavras, é a nossa narradora. Um dia todos irão conhecê-la. Mas ter a sua história contada por ela é para poucos. Tem que valer a pena.
A menina que roubava livros é uma obra que toca o coração dos leitores pela vida de pequena Liesel na Segunda Guerra mundial, é aquele livro que você não pode largar, acho ao meu ponto de vista, que quem lê o livro cria um vinculo com toda a história com todos os personagens.  A narradora por ser a morte ela é imortal então ela retorna e adiantar o tempo variadas vezes e faz divagações em sua própria narrativa, então a morte tem todo um sabor especial pela escolha de seus capítulos. A história em si já é linda. Definitivamente saborosa. E o mais legal é que a morte despeito de sua função, ela realmente se importa com a humanidade.
Em todo esse plano de fundo da expansão nazista pela Alemanha e pela Europa, assim como a reunião e eventual extermínio dos judeus nos campos de concentração, Liesel Meminger vive intensas relações com os Hubermann, sua família adotiva, seu pai Hans um personagem tão bom, ele me agradou muito, pois foi ele que ensinou a Liesel o mundo dos livros (acho que o desejo dos leitores, pelo menos o meu, era ter um pai assim como Hans, pois ele lia para a filha e tive um desejo de sentar com meu pai e ler junto com ele); Rudy Steiner amigo na infância mais tarde  acaba tendo um romance com ele, o garoto de "cabelos cor de limão" que acaba tendo uma queda por Liesel e sempre pedindo um beijo; a mulher do prefeito (uma personagem muito cativante apesar de ser diferente de todos os outros); o lutador judeu Max, que em seu esconderijo chega a ter sonhos delirantes de lutar contra o próprio Hitler (que não é, a bem dizer, uma luta justa). Personagens intensos, bem escritos, cujas histórias com certeza também tocarão o leitor na leitura.Bem até ai, a história parece ser tão feliz... Bem nem tanto, não vamos esquecer que Liesel viva entre a Segunda Guerra Mundial, e a garota começa a ter uma vida totalmente conturbada. Nazistas, onde a família tem que fingir esta do lado de Hitler.
 Às coisas esquentam mais ainda quando Max, um judeu, pede ajuda para Hans, por conter certa, dívida com o pai de Max, Hans acolhe-o em sua casa na Segunda Guerra mundial. Passam por diversas dificuldades que só trazem mais emoção e drama ao livro. A Menina que Roubava Livros não é só um livro, o livro é uma obra perfeita. È difícil descrever esse livro e dar uma nota para ele.
Ao ler, percebe-se que tem certa ênfase, claro, no contexto em que a narração é situada, é uma ficção bem interessante a respeito do que acontecia na população e suas relações políticas e sociais dentro deste Estado totalitarista. E, mais uma vez, em relação às palavras e aos atos proporcionados por elas. A personagem principal Liesel - para mim - apresenta-se, como uma metáfora de transformações das palavras. A base para essa minha interpretação é a partir da forma em que a personagem se desenvolve no decorrer da narrativa, os atos e atitudes que ela passa a ter diante da realidade até então presente e do seu meio social.
Não posso deixar de citar - óbvio - a narradora sendo a Morte, o elemento que causa um certo impacto aos leitores. Anarradora e a sua forma de descrever e narrar traz uma certa tonalidade crítica ou até mesmo de suspense à obra, principalmente em relação às notas que são mencionadas por ela. Os seres humanos me assombram." (pág. 478) Aqui neste final do livro, fica como uma ideia em aberto, para que o leitor mesmo possa refletir diante de todas as atrocidades cometidas pelo homem - o que nesse caso, assustaria até a própria Morte, que é uma consequência.Não tenho muito mais a dizer a partir daqui. 
É um livro suave, com a quantidade certa de drama e que certamente não explora tanto seu cenário, o que acaba sendo muito bom. O avanço do terror da guerra sobre o enredo é sutil e não cansa nem fica no caminho da história, pelo contrário, se funde a ela com perfeição. A história é linda, tocante e deliciosa, ótima para se apreciar a qualquer momento.
   E quero dar os parabéns ao Markus Suzak que criou um livro suave com drama, romance e um poucinho de comédia no decorre da história. O escritor foi bem criativo ao criar uma narradora tão interessante como a Morte, tudo isso da uma diferença na história, que acaba ficando fantástica. Enfim (acho que já escrevi demais), é um ótimo livro e eu o recomendo, todos deveriam ter a oportunidade de ler este livro e aproveitar ao máximo possível da ótima história. Creio que ninguém vai se arrepender pode acreditar!



Nota: 5

Erick França

Livro do dia (Frase)

"Os heróis e heroínas que saem vitoriosos em suas histórias não são os que têm a magia mais poderosa, mas os que demonstram maior bondade, bom-senso e inventividade."    


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