terça-feira, 25 de outubro de 2011

Resenha: A Guerra Dos Tronos






Título original: A Game of Thrones.   
Autor: George R. R. Martin
Editora:LeYa
Data de lançamento: 2010. 
Número de páginas: 592



– Deveríamos regressar – insistiu Gared quando os bosques começaram a escurecer ao redor do grupo – Os selvagens estão mortos.
E assim começa uma grande aventura épica, com guerras, traição, amor, sexo e morte, onde os verões e invernos podem durar décadas. A guerra dos Tronos esta sendo ou já é considerado o melhor livro de fantasia dos últimos 50 anos. É a obra mais importante de fantasia desde que Bilbo(O Hobbit) encontrou o anel. Não tem como não negar que George Martin criou o mundo de fantasia onde tudo pode acontecer. Nesse livro não existe heróis, vilões talvez.
O livro nos apresenta uma forma de ponto vista um tanto diferente dos outros livros, em A guerra dos Tronos cada capítulo é composto por um ponto de vista de diferentes personagens com seu nome em destaque, que vão sendo apresentados no desenrolar da historia. Mesmo sendo narrado em 3ª pessoa cada evento é mostrado do lado de um personagem, o sentimento dele, a forma com ele age diante de uma situação.
Tudo começa quando Eddard Stark, um lorde do castelo de Winterfell, aceita ser prestigiado na posição de Mão do Rei, oferecida pelo seu velho amigo, o próprio rei Robert Baratheon, mal sabe o pobre Eddard Stark que sua vida esta preste a ser arruinada com sucessivas tragédias em volta dos sete reinos. Eddard Stark só quer proteger seu amigo-rei e descobri como o dono do titulo anterior de Mão do Rei foi morto, nem que ele mesmo tenha de morrer.
 Nessa grandiosa fantasia somos apresentados em um universo de intrigas e disputas pelo grande trono de ferro.
Em alguns momentos fiquei confuso e perdido no livro, pois ele é grande e apresenta uma variedade de personagens apresentados só de uma vez, fica meio complicado lembram todos os nomes. Creio que isso ira confundir um pouco o leitor, mas com o passar dos capítulos o publico ira se acostumar com cada um dos personagens, assim tornando a leitura mais fácil, caso contrario vá ate o final do livro onde tem um Apêndice dos personagens.
O que também ficou excepcional no livro são os diferentes tipos de relações entre os personagens, a relação não só de familiares, mas uma variedade de problemas e situações de nosso cotidiano, como a traição, sexo, falsidade, loucura entre outros.
Não tem como negar que o livro tem uma leitura intensa, realmente tem um alto grau de criatividade e ate de realidade, mas ao mesmo tempo também é uma leitura densa, onde você não quer larga, ou melhor, não consegue largar o livro em nenhum momento, porque o livro e a escrita não deixa a desejar em nenhum momento. Esse livro é aquele tipo de livro que é bom mesmo, e merece ser elogiado em todos os pontos na obra, tão magnífico que as vezes tive a impressão de esta na história de sentir o frio em Winterfell e isso foi simplesmente mágico. È aquele tipo de livro que vai sempre te surpreender em todos os momentos seja pela morte de um personagem que você goste, seja pela traição de uma personagem, que era amigo do personagem que você gosta. Então eu já previno a todos os leitores a não se apagar a nenhum personagem, pois ele pode ser o próximo a perde a cabeça, mas mesmo assim tenho meus preferidos, como o duende Tyrion apesar de ser um Lannister, o jovem Jon, a pequena Arya, gosto também de Sansa e Daenerys uma mulher de grande personalidade quem vem mudado no livro, a cada capitulo. Mas cuidado todos personagens gosta de prega peças no leitor, pois a personalidade de cada um pode mudar a qualquer momento, pois a personalidades deles não estão completamente definidas, você pode achar que conhece totalmente seu personagem preferido mas quando você menos espera ele te surpreender com grande reviravoltas totalmente inesperadas na trama, então ai vai o aviso, cuidado com eles, pois  os personagens são capazes de fazer você odiá-los ou amá-los em poucas paginas.
Bem eu não entendi porque muitos críticos estão comparado George Martin com Tolkien, são mundos totalmente diferentes, porque em Senhor dos Anéis tinha toda aquela mitologia criada por Tolkien com criaturas fantásticas e tudo mais, aqui em A guerra dos Tronos a fantasia é mais humana mais realista, com enfoque maior em relações entre os humanos e política, sim tem magia de uma forma mais leve. Os críticos podem sim fazer semelhança entre os dois escritores, ambos os autores escrevem super bem, e também pode ser comparado a forma de escrita, a forma de descreve os personagens e cenários. Senhor dos Anéis ate poderiam ser classificado para crianças e jovem, em A guerra dos Tronos isso já não é possível, pelos sexos e morte presente no livro, não é o tipo de livro que eu daria para uma criança de 10 anos.
Nem preciso dizer que o livro termina de uma forma fantástica, sem fechar as pontas de nenhuma das linhas pela qual segue a história. Isso faz com que esperemos ainda mais ansiosamente pela leitura de sua continuação A Fúria dos Reis.
 Adorei a serie Game of Thrones na HBO, a adaptação ficou muita boa e completa, apesar de eu não ter gostado de colocar os personagens mais velhos como foi retratado na serie, já que nos livros eles são mais jovens e os pequenos são mais crianças, mas ate entendo a direção da HBO, pois trabalhar com criança em filmagens não é fácil. Nota dez para todos na produção da serie, sem falar de todos os atores que foram de mais.  
A edição, a capa, o mapa, gostei muito a editora LeYa capricho.
É uma história longa, complexa, cheia de descrições de famílias, batalhas, locais, que duram várias páginas. Se você já leu Tolkien gostou bastante, tenho certeza que vai amar As Crônicas de Gelo e Fogo.
Aqui cada um está atrás de seus próprios interesses, ninguém é exatamente o que pensamos ser. Os personagens mudam conforme lhes dão o poder, e isso fica claramente evidenciado em A guerra dos Tronos.
Se você quer Romance, lutas e guerras pelo poder, traições, sexo, vinganças, medos, mistérios, ambições leia A Guerra Dos Tronos... Tudo convergindo para um único ponto: o trono dos Sete Reinos, o trono de ferro.
E parabéns para George R.R. Martin por toda sua criatividade em escrever uma obra prima.
O inverno está chegando...

E lembre-se: “Quando se joga o jogo dos tronos, ganha-se ou morre.”


(Desculpe-me pela Resenha ser um poucinho grande, mas tive que falar de todos os pontos do livro, afinal a obra é muito grande e com aquelas letras pequena fica difícil.) 

Nota: 5                         
Erick França                             

Eventos





quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vem novidade ai, em 2012 .


Novidade: 


A Editora Galera confirmou que irá lançar aqui no Brasil a série de livros da tão famosa série de TV "The Walking Dead". A previsão para o lançamento do livro um é de 2012.

Não espero por esperar! A serie de livros para ser boa. 

Os livros mais vendidos (26de outubro de 2011)

Top 5  


1- O Trono de Fogo( Rick Riordan) 
2-Guerra dos Tronos (George R. R. Martin)

3 -A tormenta de espadas, ( George R. R. Martin)

4- Assassin's Creed - Renascença ( Oliver Bowde)

5- A Cabana( William Young)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

“Por que é tão difícil escrever?” Um texto e 6 dicas da Dora Lorch


Quantas vezes temos uma idéia brilhante e achamos que esta idéia daria um artigo, um livro, uma peça? Mas ao sentarmos em frente ao computador, de repente a idéia vai embora, talvez não totalmente,  falta  alguma coisa para que a escrita saia. Cada frase, cada pensamento nos remete a críticas que alguém possa fazer. Tudo nos leva ao fracasso.
Mas o que causa este bloqueio?
Entre ter uma idéia, e escrevê-la há um longo caminho a percorrer. A idéia precisa ser encadeada, embasada, relatada de maneira inovadora, e concluída de acordo. Muitas vezes temos um flash, uma sugestão de algum assunto que poderia interessar, mas concretizar estes pensamentos em texto, bem isso já é outra coisa.
Escrever requer um trabalho interno de digestão de um determinado assunto ou pensamento, e uma gestação de como apresentar esta idéia ao público. As melhores obras são aquelas que trazem a visão particular do autor, traduzidas em palavras certeiras, que traduzem exatamente o que “eu queria dizer”.
Aliás, há muitas histórias parecidas em livros e filmes, mas a maneira de contá-las, o ponto de vista do autor, muda totalmente de uma narrativa para outra, e pode fazer a diferença entre ser ou não ser lido.
De dentro pra fora
Além disso, quando escrevemos estamos trabalhando aspectos internos, portanto para a obra ficar “pronta” é preciso que consigamos resolver questões pessoais.
Isso vale  inclusive para escritas acadêmicas, como teses e artigos. Ao se questionar se determinado modelo acadêmico ainda está atual, podemos estar avaliando nossas próprias existências. Portanto a conclusão estaria  sujeita ao momento do autor, inclusive determinando a escolha do arcabouço teórico,  mais  do que à visão científica do problema.
O mesmo vale para literatura: os desejos, medos, dúvidas,  satisfações e descontentamentos aparecem na escrita. Por isso nos sentimos vulneráveis quando escrevemos: pode ser que os outros não percebam, mas nós nos reconhecemos em cada pedaço daquele trabalho.  É como sentimos vulneráveis quando escrevemos, ver aquilo que não queremos que descubram. E essa sensação de nudez, não raro trava a escrita, ou o mantém trancado dentro de uma gaveta.
Neste quesito a opinião dos outros não faz diferença. Talvez faça mais efeito uma psicoterapia.
Escrever dói. Incomoda. Obriga-nos a mexer em coisas que não queríamos entrar em contato, no entanto são estas coisas que nos cutucam para escrever.
Escrever também dá prazer. Antes disso, dá muito trabalho. Começar um texto é fácil, continuar já é outra coisa, pois depende do que pensamos sobre a situação, e nem sempre temos claro o que achamos. Ás vezes temos vergonha de falar sobre aquilo, porque nos remete a outro aquilo que não queremos lembrar.
O que eu tenho a dizer?
Há ainda aquela dúvida clássica: por que eu? O que eu tenho para dizer aos outros?
Talvez você seja porta-voz de idéias e sentimentos de muitas pessoas, e isso já é o diferencial.
Fique atento aos outros: o que eles gostam de ouvir você dizer?
Estas coisas, que na maioria das vezes nos parecem óbvias, porque fazem parte da nossa visão de mundo, podem ser especialmente interessantes para algumas pessoas,  e estas percepções talvez merecessem ser escritas. Não precisa ser nada tão diferente: alguns colunistas se destacam por seu humor, ou por sua maneira de ver a realidade, ou pela maneira única de expressar sentimentos, emoções, realidades.
O que é literatura?
Há algumas discussões sobre o que é literatura, se ela deve ter um objetivo, se ela vale por si só.
Ana Maria Machado tem um  livro com várias palestras sobre este assunto. Nele, cita  Roberto Drummond comentando a “necessidade de  nos livrarmos da censura de esquerda, que na verdade somos nós mesmos“, já que alguns autores  se cobravam ter um ideal a defender. Ana  lembra que “na literatura vale tudo, a vida, os amores, sonhos, decepções…”
Além disso, cada um de nós tem sua maneira de contar os fatos, e este jeito é trabalhado ao longo de um tempo. Por vezes queremos fazer um texto de uma maneira, mas não estamos  certos de como transmitir aquela idéia, ou ainda a associação de idéias acaba nos levando para lugares inesperados. A essência pode continuar a mesma, ou seja, o que você queria vai ser dito, mas a forma, esta precisa ser lapidada.
Aqui vem uma dica, como qualquer atividade nova na nossa vida, escrever demanda treino, disciplina e constância para que a atividade possa ser automatizada.  Esta prática leva a destreza necessária para escrever no seu estilo. Ana Maria Machado, no livro Ruth e Ana, conta que no começo de sua carreira se esforçava para escrever todos os dias, pelo menos uma página. Pode parecer pouco, mas uma página bem escrita demanda muitos pensamentos, sentimentos e releituras, e trabalho árduo!
Outra dificuldade da escrita: alguns assuntos que nos chamam atenção podem esbarrar em sentimentos que nos causem sensações desagradáveis. Então nosso inconsciente nos leva por meandros que nem sempre temos condições conscientes de resolver. Nestes casos o texto fica parado até que o inconsciente consiga uma maneira de sublimá-lo, ou em linguagem leiga, até que o inconsciente consiga encontrar um jeito de lidar com a situação. Quem sabe a solução não pode vir da reflexão sobre o texto?
Por isso é importante alguns cuidados
Não se preocupe com o que as pessoas vão pensar. Você não consegue controlar os pensamentos dos outros, portanto desconsidere esta variável. Preocupe-se em mostrar o que você acredita. Faça uma escrita que lhe apeteça, que saia de dentro, que te encante. Além disso, como é que você sabe que as críticas serão aquelas que passam pela sua cabeça? Não sabe. E quem disse que a crítica está certa? Vemos muitos filmes que a crítica não gosta e o público adora, e vice-versa.
Escreva pensando em alguém, tanto faz em quem. Quando se escreve pensando em alguém o pensamento sai coerente do começo ao fim, a escrita  faz sentido.
Um bom texto traz alguma coisa nova, um ponto de vista, a argumentação, a maneira de encadear os fatos, a ironia, etc. Este algo mais é a maneira do escritor transcrever a realidade, seus valores e esperanças, e é único. Portanto, seu ponto de vista faz diferença.
Não critique tanto seu texto depois de pronto, deixe-o decantar por um ou dois dias e só depois o releie. Este tempo pode lhe ajudar a identificar se fez ou não um bom trabalho. Quando lemos a escrita em seguida, não conseguimos ter uma boa crítica.
Peça a opinião de pessoas que você confie, mas que possam fazer uma leitura crítica. Dizer que está ótimo, só porque gostam de você não ajuda.
Finalmente não desista. Por mais trabalhoso que seja, escrever é uma atividade profundamente prazerosa.

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