sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Curso de Mitologia Greco-romana para Semideuses e um Concurso de Cosplay


 Para comemorar o lançamento de 'O ladrão de raios: Graphic Novel', adaptação do primeiro volume da série Percy Jackson e os olimpianos, de Rick Riordan, a Intrínseca, em parceria com o fã-clube Olimpianos-RJ, realizará o Curso de Mitologia Greco-romana para Semideuses e um Concurso de Cosplay. O evento terá 2 horas de duração, sera realizado na Bienal do Livro no Rio de Janeiro.

Atenção: As senhas para participar do Curso para Semideuses serão distribuídas amanhã, a partir das 10h, no estande da Intrínseca! 

Bloqueio de escritor


Quantas vezes temos uma idéia brilhante e achamos que esta idéia daria um artigo, um livro, uma peça? Mas ao sentarmos em frente ao computador, de repente a idéia vai embora, talvez não totalmente,  falta  alguma coisa para que a escrita saia. Cada frase, cada pensamento nos remete a críticas que alguém possa fazer. Tudo nos leva ao fracasso.





Mas o que causa este bloqueio?

Entre ter uma idéia, e escrevê-la há um longo caminho a percorrer. A idéia precisa ser encadeada, embasada, relatada de maneira inovadora, e concluída de acordo. Muitas vezes temos um flash, uma sugestão de algum assunto que poderia interessar, mas concretizar estes pensamentos em texto, bem isso já é outra coisa.
Escrever requer um trabalho interno de digestão de um determinado assunto ou pensamento, e uma gestação de como apresentar esta idéia ao público. As melhores obras são aquelas que trazem a visão particular do autor, traduzidas em palavras certeiras, que traduzem exatamente o que “eu queria dizer”.
Aliás, há muitas histórias parecidas em livros e filmes, mas a maneira de contá-las, o ponto de vista do autor, muda totalmente de uma narrativa para outra, e pode fazer a diferença entre ser ou não ser lido.

De dentro pra fora

Além disso, quando escrevemos estamos trabalhando aspectos internos, portanto para a obra ficar “pronta” é preciso que consigamos resolver questões pessoais.
Isso vale  inclusive para escritas acadêmicas, como teses e artigos. Ao se questionar se determinado modelo acadêmico ainda está atual, podemos estar avaliando nossas próprias existências. Portanto a conclusão estaria  sujeita ao momento do autor, inclusive determinando a escolha do arcabouço teórico,  mais  do que à visão científica do problema.
O mesmo vale para literatura: os desejos, medos, dúvidas,  satisfações e descontentamentos aparecem na escrita. Por isso nos sentimos vulneráveis quando escrevemos: pode ser que os outros não percebam, mas nós nos reconhecemos em cada pedaço daquele trabalho.  É como sentimos vulneráveis quando escrevemos, ver aquilo que não queremos que descubram. E essa sensação de nudez, não raro trava a escrita, ou o mantém trancado dentro de uma gaveta.
Neste quesito a opinião dos outros não faz diferença. Talvez faça mais efeito uma psicoterapia.
Escrever dói. Incomoda. Obriga-nos a mexer em coisas que não queríamos entrar em contato, no entanto são estas coisas que nos cutucam para escrever.
Escrever também dá prazer. Antes disso, dá muito trabalho. Começar um texto é fácil, continuar já é outra coisa, pois depende do que pensamos sobre a situação, e nem sempre temos claro o que achamos. Ás vezes temos vergonha de falar sobre aquilo, porque nos remete a outro aquilo que não queremos lembrar.

O que eu tenho a dizer?

Há ainda aquela dúvida clássica: por que eu? O que eu tenho para dizer aos outros?
Talvez você seja porta-voz de idéias e sentimentos de muitas pessoas, e isso já é o diferencial.
Fique atento aos outros: o que eles gostam de ouvir você dizer?
Estas coisas, que na maioria das vezes nos parecem óbvias, porque fazem parte da nossa visão de mundo, podem ser especialmente interessantes para algumas pessoas,  e estas percepções talvez merecessem ser escritas. Não precisa ser nada tão diferente: alguns colunistas se destacam por seu humor, ou por sua maneira de ver a realidade, ou pela maneira única de expressar sentimentos, emoções, realidades.

O que é literatura?

Há algumas discussões sobre o que é literatura, se ela deve ter um objetivo, se ela vale por si só.
Ana Maria Machado tem um  livro com várias palestras sobre este assunto. Nele, cita  Roberto Drummond comentando a “necessidade de  nos livrarmos da censura de esquerda, que na verdade somos nós mesmos“, já que alguns autores  se cobravam ter um ideal a defender. Ana  lembra que “na literatura vale tudo, a vida, os amores, sonhos, decepções…”
Além disso, cada um de nós tem sua maneira de contar os fatos, e este jeito é trabalhado ao longo de um tempo. Por vezes queremos fazer um texto de uma maneira, mas não estamos  certos de como transmitir aquela idéia, ou ainda a associação de idéias acaba nos levando para lugares inesperados. A essência pode continuar a mesma, ou seja, o que você queria vai ser dito, mas a forma, esta precisa ser lapidada.
Aqui vem uma dica, como qualquer atividade nova na nossa vida, escrever demanda treino, disciplina e constância para que a atividade possa ser automatizada.  Esta prática leva a destreza necessária para escrever no seu estilo. Ana Maria Machado, no livro Ruth e Ana, conta que no começo de sua carreira se esforçava para escrever todos os dias, pelo menos uma página. Pode parecer pouco, mas uma página bem escrita demanda muitos pensamentos, sentimentos e releituras, e trabalho árduo!
Outra dificuldade da escrita: alguns assuntos que nos chamam atenção podem esbarrar em sentimentos que nos causem sensações desagradáveis. Então nosso inconsciente nos leva por meandros que nem sempre temos condições conscientes de resolver. Nestes casos o texto fica parado até que o inconsciente consiga uma maneira de sublimá-lo, ou em linguagem leiga, até que o inconsciente consiga encontrar um jeito de lidar com a situação. Quem sabe a solução não pode vir da reflexão sobre o texto?

Por isso é importante alguns cuidados

  1. Não se preocupe com o que as pessoas vão pensar. Você não consegue controlar os pensamentos dos outros, portanto desconsidere esta variável. Preocupe-se em mostrar o que você acredita. Faça uma escrita que lhe apeteça, que saia de dentro, que te encante. Além disso, como é que você sabe que as críticas serão aquelas que passam pela sua cabeça? Não sabe. E quem disse que a crítica está certa? Vemos muitos filmes que a crítica não gosta e o público adora, e vice-versa.
  2. Escreva pensando em alguém, tanto faz em quem. Quando se escreve pensando em alguém o pensamento sai coerente do começo ao fim, a escrita  faz sentido.
  3. Um bom texto traz alguma coisa nova, um ponto de vista, a argumentação, a maneira de encadear os fatos, a ironia, etc. Este algo mais é a maneira do escritor transcrever a realidade, seus valores e esperanças, e é único. Portanto, seu ponto de vista faz diferença.
  4. Não critique tanto seu texto depois de pronto, deixe-o decantar por um ou dois dias e só depois o releie. Este tempo pode lhe ajudar a identificar se fez ou não um bom trabalho. Quando lemos a escrita em seguida, não conseguimos ter uma boa crítica.
  5. Peça a opinião de pessoas que você confie, mas que possam fazer uma leitura crítica. Dizer que está ótimo, só porque gostam de você não ajuda.
  6. Finalmente não desista. Por mais trabalhoso que seja, escrever é uma atividade profundamente prazerosa.

Bienal do Livro do Rio deve receber mais de 640 mil visitantes este ano

A 15ª Bienal do Livro do Rio  de Janeiro, maior festa literária do país, deve receber mais de 640 mil pessoas este ano, superando o público do ano passado. A estimativa é do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), que promove o evento.
Com as propostas de aproximar o público de um universo de livros e autores, formar novos leitores e celebrar o mercado editorial com uma programação cultural variada e dinâmica, começa nesta quinta-feira (1º/09), no Riocentro, a 15ª Bienal do Livro do Rio, que se estenderá até o dia 11. O evento vai apresentar novidades combinadas a espaços já consagrados, além de homenagear o Brasil por meio de uma série de ações que discutirão a cultura e a realidade de nosso País. 

“Tradicionalmente escolhemos um país estrangeiro para ser homenageado na Bienal do Rio. Este ano inovamos e optamos por celebrar a cultura brasileira, nos antecipando à Feira de Frankfurt, que terá o País como convidado de honra em 2013. O Brasil, sede da Copa 2014 e das Olimpíadas 2016, está na moda internacionalmente, e nada mais pertinente do que discutir e revelar ao público aspectos belos e importantes da nossa incrível diversidade cultural”, afirma Sonia Jardim, presidente do SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), instituição que organiza o evento.

Segundo a presidente do Sinel, Sonia Jardim, a previsão é que o faturamento da edição deste ano da Bienal do Livro, no Riocentro, supere os R$ 53 milhões registrados no ano passado.
A agenda de amanhã (10) e domingo (11) prevê 21 encontros de autores, como Michael Connelly, Scott Turow, Fernando Morais e Ruy Castro, com leitores.
Preocupado para que não haja a repetição do tumulto registrado na última quarta-feira (7), quando o padre Marcelo Rossi autografou seus livros na Bienal, o Snel já tomou todas as providências para garantir maior conforto às famílias que visitarem o evento amanhã e domingo.
Em uma área de 55 mil m², aBienal do Livro do Rio vai concentrar 950 expositores e lançar cerca de mil títulos. A expectativa é que 640 mil pessoas participem durante os 11 dias de programação e que 2,5 milhões de livros sejam vendidos.

Bienal junta diversão, conteúdo de qualidade e uma diversidade de atrações capaz de seduzir todo tipo de público, de apaixonados por literatura fantástica a apreciadores de livros premiados e festejados pela crítica. Na programação cultural, marcam presença 113 autores brasileiros (além de 38 mediadores) e 21 estrangeiros. 
 
Os espaços mais visitados em outros anos têm lugar garantido nesta edição. Um deles é o Café Literário, local de debates que aproxima autor e leitor em conversas sobre livros, estilos e ideias. Com curadoria do escritor e crítico Ítalo Moriconi, o Café Literário abrirá espaço para oSarau Poético - com declamações, leituras e performances - e o Debateboca, um “bate-pronto” de pergunta e resposta. 

Já o Mulher e Ponto, com a jornalista Sonia Biondo como curadora, promoverá bate-papos entre escritoras que retratam em suas obras os mais variados temas de interesse feminino e personalidades desse universo. O Livro em Cena, que este ano terá à frente o diretor teatral Gabriel Villela, voltará a difundir o conhecimento de clássicos da literatura. Em 11 sessões, personagens célebres criarão vida por meio de leituras realizadas por alguns dos atores mais queridos do público brasileiro. 

Nomes celebrados estarão ainda nas sessões de Encontro com Autores e na Conexão Jovem, dedicado ao público que durante a última década vem se firmando como grande consumidor de literatura. 

Bienal do Livro do Riotambém terá um novo espaço infantil, com a curadoria de João Alegria e cenografia da agência Pândega. Batizada de Maré de Livros, será uma área lúdica completamente interativa. Além disso, a Biblioteca Mirim reunirá grandes obras dirigidas ao público infantojuvenil e terá cerca de seis sessões diárias de contação de histórias.

Outra marca registrada da Bienal do Livro do Rio é a visitação escolar. A moçada terá dias reservados (1º, 2, 5, 6, 8 e 9 de setembro) para visitar o evento com os colegas do colégio. O objetivo é estimular a imaginação e aproximar os estudantes do mundo dos livros.

O Riocentro fica localizado na Avenida Salvador Allende, número 6.555, Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Mais informações podem ser obtidas no site oficial do evento (
www.bienaldolivro.com.br).

É uma pena que não pude acompanhar esse Bienal no Rio de janeiro, pois moro em São Paulo, mas ano que vem já esta marcado, a Bienal do livro em São Paulo, e o Blog Comunidade Jovens Escritores esta lá para acompanhar tudinho de perto para vocês. 

Capas de setembro /2011

Editora Rocco






‘Antes de virar escritor, limpava privadas’, diz escritor de ‘A cabana’

                                           

O escritor canadense William P. Young afirma que não é exatamente um escritor. “Sou um autor acidental”, diz Young, que está no Rio para participar da 15ª Bienal do Livro. Ele fará uma palestra para fãs nesta sexta-feira (9 Hoje), às 19h30. Mesmo depois de ter mais de 12 milhões de cópias vendidas de seu livro “A cabana”, que é um verdadeiro sucesso.
 Isso mostra que independe de sermos quem somos temos um caminho pela frente não importa os obstáculos, temos de percorrer.  

Em entrevista exclusiva ao G1, o autor do best-seller contou a história por trás de “A cabana”, que já foi traduzido para 41 línguas.
“Antes de virar escritor, tinha três empregos. No principal deles, fazia serviços de empacotamento e limpeza em uma fábrica, limpava até privadas”, conta o autor canadense, que escreveu o romance sem intenção de publicá-lo. “Deus tem um grande senso de humor quando planeja nosso destino”, diz.

“Eu sempre gostei de escrever, e minha mulher me deu a idéia de criar uma história para dar de presente para meus filhos no Natal”, lembra Young, que tem seis filhos. “Escrevi e fiz 15 cópias por conta própria para entregar à família e amigos. As crianças não ligaram, mas os amigos gostaram tanto que começaram a mostrar para outras pessoas, e ‘A cabana’ foi se espalhando”, conta.


                                  COBERTURA COMPLETA DA BIENAL DO LIVRO 2011
Infância em cultura tribal
O autor diz que muito de sua história de vida está presente em “A cabana”. Filho de missionários, ele morou dos 10 meses aos 10 anos em Papua Nova Guiné e estudou teologia nos EUA.
“Cresci em uma família religiosa, sempre pensei muito sobre a relação das pessoas com Deus. Mas a convivência em uma cultura tribal durante tanto tempo me fez pensar nessas coisas por outra perspectiva”, afirma.  "O romance vem do desejo de criar uma língua por meio da qual as pessoas possam se conectar a Deus sem ser pela religião", completa.

Ele conta que a influência da cultura de Papua Nova Guiné motivou um dos pontos mais controversos de “A cabana”: o retrato de Deus como uma mulher negra. “Queria me distanciar ao máximo daquela imagem clássica que temos de Deus, como um homem branco e sofredor”, conta o escritor, que afirma ter prazer em ver seu livro gerar polêmica. “São só palavras impressas no papel, o resto está na cabeça de quem lê. Quem me critica, não está falando de mim, está falando de si próprio.”

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